terça-feira, 30 de setembro de 2008

MACHADO DE ASSIS: AO MESTRE COM CARINHO

Tipo de trabalho que se tem a obrigação de informar.
Em homenagem aos 100 do falecimento do escritor Machado de Assis o MEC colocou a obra completa do mestre a disposição na Internet. Vá a http://portal.mec.gov.br/ e clik no Link “MACHADO DE ASSIS – Obra Completa”
Esse trabalho é o resultado de uma parceria entre o Portal Domínio Público - a biblioteca digital do MEC - e o Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e Lingüística (NUPILL), da Universidade Federal de Santa Catarina. “O projeto teve como propósito organizar, sistematizar, complementar e revisar as edições digitais até então existentes na rede, gerando o que se pode chamar de Coleção Digital Machado de Assis. O propósito desta homenagem a Machado de Assis, mais que lembrar o centenário de sua morte, é fazer com que a sua obra completa chegue a qualquer usuário internet, em edições confiáveis e gratuitas”.

Produzido pela TV Escola no âmbito da série Mestres da Literatura, o vídeo Machado de Assis: um mestre na periferia traz informações sobre a vida do autor e sobre o contexto histórico em que ele produziu suas obras. Depoimentos de estudiosos renomados da obra machadiana destacam aspectos centrais para o entendimento e a interpretação da obra literária de Machado de Assis. Assista!

40 CAPAS CLÁSSICAS DA “NEW YORK”

Essa foi puxada do blog do jornalista Ricardo Lombardi (http://ricardolombardi.ig.com.br/). Tudo pela informação.

Ainda sobre a edição de aniversário de 40 anos da New York, os editores selecionaram para o site uma coleção de 40 capas clássicas da revista. Boa dica para designers e ilustradores. Acima, capa de 1976.

WEB 2.O : SEMPRE É PAUTA

Encontrei esse vídeo no Yuotube sobre web 2.O e logo me veio a idéia de compartilhar.Uma explicação leve, solta e agradável sobre a Web 2.0, assunto que é pauta permanente aqui no "Comunicanautas". Tava pensando, depois de mergulhar nesse universo da Web 2.0, que existe a possibilidade do sonho ( não podemos deixar de sonhar) que um dia os habitantes da terra vão compreender que não existem negros, brancos, amarelos, vermelhos ou japoneses, brasileiros, holandeses, americanos, argentinos...mas TERRÁQUEOS. Vejam como o conteúdo é massa!

domingo, 28 de setembro de 2008

OBAMA: FENÔNEMO DA DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

As mudanças no mundo seguem em ritmo acelerado. O advento da internet certamente é o fator primordial para esse fenômeno. O que me levou a tocar nesse assunto foi a visualização de uma foto no site da revista “Carta Capital”. A foto ( aqui reproduzida) é o casal Barack e Michelly Obama cumprimentando o casal John e Cindy McCain antes do debate entre os candidatos à presidência da maior potência do mundo – Os Estados Unidos da América. A legenda: “Indecisos: Obama ganhou”. Obama é o primeiro candidato negro com reais chances de ganhar a presidência dos Estados Unidos. País que tem uma história marcada pela segregação racial. Em de 4 de abril de 1968, foi assassinado Martin Luther King , um líder negro que pacificamente lutava contra a discriminação racial em seu país; já em 21 de fevereiro de 1965 tombara outro líder negro metralhado – Malcom X que assim explicava suas reivindicações: “Não lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos. Lutamos por direitos humanos”. A elite branca d'Os Estados Unidos sempre trataram assim as lideranças negras que reividicaram justiça à sua raça. Depois de cinco décadas, o mundo todo presencia o cumprimento de um casal de negros a um casal de brancos, numa disputa eleitoral à presidência dos Estados Unidos, sendo que, as pesquisas apontam o casal de negros como preferido para comandar o país que ficou marcado pela não aceitação da convivência inter-racial de forma harmoniosa. É o sinal dos tempos da aldeia global preconizada por Marhal Mcluhan. A informação se democratizando e pulverizando os preconceitos bobos. Qualquer observador percebe que essa democratização da informação está promovendo uma geração mais questionadora de conceitos antes impostos por algumas castas poderosas proprietárias do conhecimento. A dessacralização dos donos da opinião, dos chamados formadores de opinião, faz brotar esse mundo mais “igual”. Hoje qualquer adolescente pode ter seu blog ( seu jornalzinho particular) e colocar pro mundo suas idéias, mesmo que esteja completamente equivocado para alguns, que por sua vez também podem discordar pro mundo da opinião do adolescente supostamente equivocado. É a era do jornalismo cidadão. O jornalista não é mais o dono da verdade, terá que conviver no dia-a-dia sob o olhar crítico de todos. O jornalismo é uma profissão somente que existiu, existe e existirá. Mas será uma profissão que não dará mais vez para os arrogantes donos da verdade. A áurea do “homem que escreve” e outros que apenas liam foi pro bebeléu. Obama é um fenômeno da democratização da informação por isso acredito que se eleito os brancos conservadores não terão coragem de matá-lo – o mundo todo está de olho!!!




sexta-feira, 26 de setembro de 2008

ESTÚDIO E FABRICANTES QUEREM QUE INTERNET BLOQUEIE CONTEÚDOS PROTEGIDOS

O debate sobre neutralidade das redes, ou seja, o direito ou não dos provedores de acesso filtrarem determinados conteúdos, ganhou um lobby de peso para o lado dos que defendem o controle sobre os bits que passam pelas redes de banda larga.
Segundo matéria do New York Times desta quinta, 25, grandes estúdios de Hollywood e empresas de tecnologia uniram-se no grupo chamado Arts+Labs, cujo objetivo é promover uma regulamentação que obrigue os provedores de acesso a colocar filtros que identifiquem e bloqueiem na internet a cópia de material protegido por copyrights.
O grupo é bancado por NBC Universal, Viacom, Microsoft, Cisco Systems, AT&T e pela Songwriters Guild of America (associação dos compositores). É dirigido por dois lobistas conhecidos de Washington: Mike McCurry, ex-secretário de imprensa de Bill Clinton, e Mark McKinnon, conselheiro de mídia de George W. Bush e John McCain.
Segundo o NYT, o objetivo declarado do grupo é impedir o Congresso norte-americano de aprovar leis que limitem a capacidade dos provedores de internet de instalar sistemas que permitam o bloqueio de material protegido por direitos autorais. Da Redação

Tela Viva
http://www.telaviva.com.br/News.asp?ID=93837

MESTRADO E DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO - UFPE

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE (PPGCOM) inscreve para seleção até o dia 17 de outubro. São 25 vagas para mestrado e sete para doutorado, distribuídas entre as linhas de pesquisa “Linguagem dos Meios”, “Mídia & Processos Sociais”, “Estética & Cultura Midiática”. As vagas podem ser preenchidas total ou parcialmente, a depender da qualificação dos candidatos.

No ato da inscrição, o candidato ao mestrado deverá entregar cópias autenticadas da carteira de identidade e do CPF, dos diplomas de graduação e de pós-graduação e dos históricos escolares da graduação e da pós-graduação. Além desses, é exigido o Currículo Lattes completo e atualizado, com cópias de todos os certificados. Anteprojeto de pesquisa, ficha de Inscrição preenchida e assinada (disponível no site www.ufpe.br/ppgcom).

Já os que concorrem a uma vaga para doutorado deverão entregar, além dos documentos acima artigo pessoal inédito, desenvolvendo aspecto do anteprojeto de pesquisa apresentado que deverá ter entre 12 e 15 páginas A4 e atender às normas da ABNT para trabalhos científicos.

Os candidatos de outros estados poderão enviar a documentação via Sedex para o endereço: Centro de Artes e Comunicação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação – CAC/UFPE - Av. Acadêmico Hélio Ramos, s/n, Cidade Universitária – Recife – PE. CEP 50670-901.

A seleção para mestrado está dividida em quatro fases: análise do anteprojeto de pesquisa (eliminatória e classificatória), prova de inglês (eliminatória), prova teórica (eliminatória e classificatória) e entrevista e análise do currículo (classificatória). Para o doutorado haverá análise do anteprojeto de pesquisa e do artigo inédito, prova de inglês e francês (eliminatórias) e entrevista e análise de currículo.

O anteprojeto deve ter, no máximo, 10 páginas formato A4, fonte Times New Roman, corpo 12, espaçamento 1,5, e seguir o seguinte roteiro: folha de rosto (com título do trabalho, linha de pesquisa pretendida, nome do candidato, local e data), resumo (síntese com explicação da pesquisa pretendida), apresentação (problema central da pesquisa e do objeto ou conjunto de objetos a ser observado), justificativa (motivações sobre a escolha do tema e defesa do ineditismo da proposta).

E mais: a fundamentação teórica (estado atual do conhecimento sobre o problema e pressupostos teóricos da proposta), objetivos, metodologia e referências bibliográficas. O resultado final será divulgado em 10 de dezembro.

O edital completo está disponível no site http://www.ufpe.br/ppgcom/

Mais informações
(81) 2126.7725

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

W.2 - A MÁQUINA SOMOS NÓS

Esse vídeo é muito bom para explicar de forma simples o que reafirmou o profeta da globalização, Marshall Mcluhan, em sua última palestra gravada, com o título de "O homem e a mídia", proferida na Universidade York, em Toronto, na primavera de 1979. Mcluhan morreu em 31 de de dezembro de 1980, sem a oportunidade de presenciar o surgimento da Internet que veria confirmar de vez suas teorias sobre comunicação, que até então serviam de chacotas e consideradas puras especulações no meio acadêmico da época. Hoje, precisamente em 2003, na introdução do livro: " McLuhan por McLuhan - Entrevistas e conferências inéditas do profeta da globalização", Tom Wolfe, escreveu: “ Novos teóricos da comunicação surgirão, nascidos diretamente do asfalto, do concreto, das telhas de vinil ou da inundação de PemaPour. Um coisa, porém não mudará. Primeiro eles terão de se haver com Mcluhan”. Na palestra ele voltou a comentar um dos princípios do mcluhanismo - como denominou Tom Wolfe toda teoria elaborada por Mcluhan. Ele reafirmou: - "Todos os artefados humanos -língua, leis, idéias, hipóteses, ferramentas, vestuários, computadores - são extensões do nosso corpo físico". Esse vídeo trata desse assunto de forma simples e objetiva. Além de ser uma explicação precisa sobre o que é afinal "hipertexto".




Completando... e pra não “alugar” mais, olha aí a cara do profeta da globalização – Marshall Mcluhan:

Obs: foto Marshall Macluhan foi puxada do blog http://suprasensorial.wordpress.com do jornalista e músico David Bemfica

EDUCAÇÃO VIRA FOCO DE DEBATES


SEMINÁRIOS // Na semana que passou, Recife sediou dois importantes eventos, um sobre hipertexto e outro sobre tecnologia no aprendizado
Raítza Vieira // Especial para o Diario
raitza.vieira@diariodepernambuco.com.br



A tecnologia digital pode ajudar, sim, no processo de aprendizagem de línguas e outros conhecimentos. Mas, para isso, é preciso saber utilizá-la, de forma que ela complemente o ensino da sala de aula. Levar os alunos para um laboratório de informática sem qualquer projeto não quer dizer que o professor esteja utilizando a tecnologia a seu favor.

Reflexões como essa foram levantadas durante o 2º Simpósio Hipertexto e tecnologias na educação: multimodalidade e ensino, realizado de quarta a sexta passada, na Universidade Federal de Pernambuco. O encontro teve um público de quase 400 pessoas, na maioria, pesquisadores com doutorado, representando mais de 16 estados do país.

Com uma programação extensa, que incluiu exposição, mesa-redonda, minicurso, comunicações individuais e coordenadas, diversos temas foram abordados, entre eles, "Autoria e plágio na era digital" - um assunto em alta que é discutido em vários âmbitos e gerou muita discussão. A professora Angela Paiva Dionísio levantou indagações acerca de "qual o limite entre intertextualidade, paráfrase e plágio? Em que medida a internet influencia a produção de textos com tais práticas?". Já o professor Sérgio Abranches, apresentou o artigo "O que fazer quando eu recebo um trabalho CTRL C+ CTRL V? Autoria, pirataria e plágio na era digital: desafios para a prática docente" e o professor Artur Stanford colocou em debate o estudo "configurações jurídicas do plágio nos gêneros acadêmicos: âmbito administrativo e judiciário".

Reforço - O 6º Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, que aconteceu nesses mesmos dias, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, também discutiu como a tecnologia poderia ajudar no processo didático, mas o tema principal foi "Educação: caminho para a cidadania".

A abertura desse evento ficou por conta do presidente do Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PE, Josias Silva, e teve a presença do secretário de educação do estado de Pernambuco, DaniloCabral, e da coordenadora do programa Leitor do Futuro do Diario de Pernambuco, Conceição Cavalcanti, representando o presidente do Grupo Associados em Pernambuco, Joezil Barros. A programação foi longa, tendo palestras, minicursos, conferências e mesas redondas. Além de dois espaços queridos pelo público: o "salão da tecnologia", repleto de inúmeras novidades sobre livros, tecnologias para ação educativa, entre outros produtos e o "espaço do conhecimento", no qual foram apresentadas 89 pesquisas com foco em educação.

Um dos destaques foi a palestra "Era digital: impactos da tecnologia na educação", ministrada pelo professor Antônio Carlos Xavier que mostrou os efeitos da tecnologia na sociedade; na aprendizagem dos alunos e na prática docente. "O docente não pode mais ensinar como se estivesse no século 19. Ele não pode só falar e o aluno só escutar. O ensino deve ser mais dinâmico, ele precisa inovar. O aluno chegacom muitas informações. O professor deve ajudá-lo a transformar essa informação em conhecimento".

Durante entrevista ao Diario, o professor citou uma pesquisa na qual o Orkut foi utilizado como ferramenta de ensino. Criaram-se tópicos sobre vários assuntos e eles tiveram uma grande participação dos alunos, em especial, dos mais tímidos. "Os alunos, na sala de aula, querem mais do que a oralidade do professor. As crianças e os adolescentes se interessam por muitas tecnologias digitais, o professor pode trabalhar essa tecnologia a seu favor", pontua Antônio.

Atalho para notícia:
http://flip.pernambuco.com/flip.php?idEdicao=d26e0bd48525b9976822094b1

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO

ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO

Outro assunto que está na pauta é a tal "Arquitetura da Informação". Olha esse este texto básico sobre o assunto.
La arquitectura de información del siglo XX al XXI


Jesús Bustamante, 18 de dezembro de 2002
Tradução e adaptação: Juan Leal, 2 de fevereiro de 2004

Versão: Português do Brasil

A arquitetura de informação do século XX ao XXI

Quando Richar Saul Wurman utilizou o termo "arquitetura de informação" em 1976, foi para fazer uma descrição do que percebia, naquele momento, como uma profissão emergente. Esta profissão ocupar-se-ia de solucionar o que era complexo e de arrumar "o tsunami de dados que rompe nas praias do mundo civilizado". Uma profissão do futuro.
Hoje parece que os anos dourados da arquitetura de informação pertencem ao passado. Quem assim pensa argumenta que o pouco ou muito que se havia conseguido, foi apagado do mapa pela explosão da bolha das .com no ano 2000 (um autêntico tsunami também, com certeza). Foi num abrir e fechar de olhos! Uma verdadeira vida no tempo de Internet, mas um piscar de olhos no tempo real.
Seja coisa do passado ou do futuro, a história (o conto) da "arquitetura de informação" ilustra muito bem, do meu ponto de vista, a constante luta do profissional de arquitetura de informação por atingir o reconhecimento professional. Assim, para quem não viu muito bem o jogo, gostaria de fazer voltar um pouco a fita para assisti-la um pouco mais devagar.
Os acontecimentos que veremos a seguir são a história segundo a entendo...
O chapéu do capitão (desde 1995 até finais do 2000)
O Sr. Wurman supreendeu-se de que a arquitetura de informação não tivesse o sucesso como a pólvora ao ser acendida. Vinte anos mais tarde, surpreende-se novamente quando sãem arquitetos de informação de todos os cantos. A aparição da Web no ano 1994 e a sua espectacular aceitação é uma mostra da diferença entre um momento e outro.
Aqueles especialistas da informação que, na primeira metade dos anos noventa cairam na trovoada da web, tiveram ocasião de ver também neste meio, uma boa oportunidade profissional. Chamamo-nos naquela altura "webmasters" ou qualquer coisa impronunciável que os quissessem chamar com a condição de poder continuar a brincar com os nossos websites.
O título de "arquiteto de informação" calhou mesmo. Como se o capitão do navio tivesse deixado o seu chapéu e suas medallas esquecidas em cima da mesa, colocamo-nos de fato e unimo-nos ao desfile sem dar explicações a ninguém.
A pomposidade do termo "arquitectura" tem a sua origen no facto de Sr. Wurman ser arquiteto por formação acadêmica. Ficamos muito agradecidos, porque sem ter sapatos tão 'amplos' para calçar, não teríamos sido convidados para a festa.
Estes são os anos dourados da arquitetura da informação. Nesta disciplina reunem-se profissionais da uma grande variedade de titulações acadêmicas e profissionais, desde a biblioteconomia até o design industrial, passando por IHC (Interação Humano-Computador). As empresas de Internet procuram-nos e nós arquitetos de informação nos deixamos encontrar. O termo utiliza-se até tal ponto que começa a usar-se a abreviatura "AI" (Arquiteto de Informação), como se se tratasse de um cartão de um clube exclusivo, ou como se todo o mundo estivesse informado...
Entre os momentos mais importantes desta época sublinham-se:
a Aargus Associates, Inc. Aparece como uma empresa dedicada exclusivamente à arquitetura de informação. Em 1998, os líderes da Aargus (Peter Morville e Lou Rosenfeld) publicam Information Architecture for the World Wide Web. O livro verde com o urso polar (como também é conhecido), que converte-se num livro de referência desta área.
Aparecem e crescem rapidamente as consultorias especializadas em desenvolvimento web. Empresas tipo como Sapient, Scient, Viant, agency.com, IXL, marchFIRST, Rare Medium, Zefer, Luminant, etc. Acolhem formalmente à arquitetura de informação como disciplina.
Um arquiteto de informação com pouca experiência de trabalho (ou mesmo nenhuma) poderia começar a ganhar entre US$40,000 e US$50,000 por ano. Começou então a impressão de cartões de visita com o título "Arquiteto de informação" e incorporam-se os departamentos de estratégia, tecnologia, ou design creativo. Noutros casos (menos comuns) criam-se mesmo departamentos de Arquitetura de informação. Como foi o caso do grupo que eu próprio criei e dirigi no Web Design Group, Inc. no Chicago. Estes anos dourados atingem o ponto mâximo com a primeira conferência de e para arquitetos de informação ("Information Arquitecture Summit 2000"), que teve lugar em San Diego, California, em outubro do mesmo ano. Foi nesse lugar que reunimo-nos, falamos, demo-nos coragem, e petiscamos.
O pássaro na mina (ano 2001)
No ano 2001 explodiu a bolha especulativa de Internet e as empresas de tecnologia cairam na bolsa. Entre o final de março e meados de abril, a NASDAQ perdeu um terço do seu valor. A inversão desaparece completamente. Aargus Associates. Inc, que nem fazia um ano que tinha apostado por crescer, não conseguiu manter-se num mercado que diminuia rapidamente e fechou as suas portas em março de 2001.
Peter Morville numa entrevista fez uma descrição sobre o rápido final da Argus comparando-o com o pássaro ao pé duma mina de carvão (a sua morte avisava dos enormes problemas que outros iriam encontrar posteriormente). A partir de seu ponto de vista, a arquitetura de informação caiu, em primeiro lugar, por ser o carro de frente.
Eu, menos poético, acho que tudo foi abaixo ao mesmo tempo (e sem preferência nem discriminação de disciplinas). Nesse momento a arquitetura de informação teve que encarar um problema com o que o profissional da arquitectura da informação tem encontrado sempre: a dificuldade de explicar aos outros exatamente e com claridade o que fazemos e porque somos importantes para uma organização.
Só de brincadeira: Quando os chefões entraram nas salas de reuniões com tesouras para cortar recustos (humanos) e nos viram ao pé do desfile envolvidos com a bandeira da AI, vestidos de capitão, com todas as estrelas colocadas, a primeira coisa que nos perguntaram foi qual tipo de arquitetos nós eramos exatamente. Muitos começaram a tremer e como resultado, o nosso chapéu de AI foi-se embora. Durante o ano de 2001 e 2002 os arquitetos de informação dispersaram-se. Alguns voltaram a ocupar postos de trabalho que tinham abandonado anteriormente. Muitos foram passando (por virtude de aquisições, etc.) por consultorias sobreviventes. Uma grande parte, como foi no meu caso, decidiu que era o momento de se estabelecer por conta própria e continuar a trabalhar na Web. Muitos, pelos visto, têm dedicado o seu tempo a escrever tudo o que sabem. Uma pesquisa recente na amazon.com mostra-nos 254 livros sobre "information architecture"´publicados depois de 1999, entre eles a segunda edição do livro de Peter Morville e Lou Rosenfeld (aquele do Urso Polar).
A arquitetura de informação hoje
Quer isto dizer que o fim chegou para a arquitetura de informação? Eu creio que não. O número de livros novos dedicados ao tema que utilizam o termo "arquitetura de informação" parece indicar que AI tem se estabelecido e continua de pé.
Talvez os profissionais que decidiram chamar-se arquitetos de informação estão agora um pouco desorientados. Isso explicaria as múltiplas iniciativas para manter viva a comunidade de profissionais.
Blogs tipo Community Infrastructure for Information Architects, o blog de Lou Rosenfeld, o ia/, ou websites como o de Jesse James Garrett também contribuem nesse sentido.
A ASIS&T (American Society for Information Science and Technology) organizou o útlimo IA Summit 2003 "Making Connections" en março del 2003.
O título "arquiteto de informação" também tem sobrevivido e permanece no vocabulário de recursos humanos das empresas americanas. É possível que agora seja mais um título, que concorre com outros tipo "Especialista em Informação", "Profissional da informação", "Expert em Usabilidade", "Documentalista" e outros. Uma pesquisa no site monster.com identifica 19 posts de postos de trabalho para arquitetos de informação nos Estados Unidos nos últimos 60 dias. De alguna forma, o arquiteto de informação tem voltado para casa como o filho que foi-se embora. Aqui encontramo-nos com a nossa velha amiga: a constante necessidade de mostrar quem somos e o que fazemos. A constante luta pelo reconhecimento profissional.
O futuro
E o futuro? Julgo que qualquer advinhação é boa. Adoraríamos poder ver o futuro!
Eu creio que ainda há muito pano pra manga. Esta luta constante para demonstrar quem somos, demonstra na minha opinião, tanto uma debilidade quanto nossa maior força. Ao mesmo tempo que tem desaparecido a demanda louca que houve outrora, também é certo que ainda há grande necessidade pelos nossos serviços. Por um lado, é certo que somos uns grandes incompreendidos (e uma grande parte dos que são alheios a este campo nem conhecem a nossa existência), por outro lado, temos a grande vantagem de que ninguén nos define e podemos andar com certa liberdade (como arquitetos, engenheiros, obreiros da informação)
É possível que um dia o capitão volte a deixar o seu chapéu esquecido na mesa e se calhar a banda de música passe pela rua nesse momento a tocar uma bela melodia...

IMAGEM DIGITAL


Standards Eastern Automatic Computer (SEAC)
A sala do Standards Eastern Automatic Computer (SEAC) foi usado pelos pesquisadores para criar a primeira imagem digital.


Uma dica. Visite o site http://www.cambridgeincolour.com/tutoriais.htm vários toques sobre imagem digital. Essa coisa de imagem digital atualmente em comunicação visual é fundamental.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

COMUNICAçÃO

Este blog tem a pretensão de ser um espaço para se dialogar sobre todos os temas de COMUNICAÇÃO em todos os seus aspectos!!